Todas as Glórias
à śrīla Guru Mahārāja Ācārya Mahāsūrya Paṇḍita Svāmī!
Todas as Glórias à
śrī Mahādeva!
Todas as Glórias à
śrī Bhagavan!
Todas as Glórias à
śrī Śakti Devī!
Todas as Glórias à
śrī śrī Gaṅgā Devī!
Śrī Gaṅgā
Devī (श्रीगङ्गाडेवी) é a
personificação do Rio Ganges, o mais sagrado rio da Índia. É a Senhora da
purificação e da limpeza, que remove o karma e, assim, aproxima as almas de mokṣa
(a liberação do ciclo de nascimentos).
Śrī
Bhagvatī Gaṅgā é uma das sete śaktis da
Suprema Absoluta Ādi Paraśakti. Auspiciosamente, acompanha os três membros da
Trimūrti.
Junto à śrī
Viṣṇu, é conhecida como Viṣṇupadī (Aquela que emana dos pés de lótus do
Senhor), devido a um passatempo realizado por śrī Vāmana, o anão – a quinta
encarnação de śrī Bhagavan – que, ao medir o tamanho do Universo com a abertura
de suas pernas, abre neste um pequeno buraco com seu dedão esquerdo, que
permite a entrada de Kāraṇārṇava (o Oceano Causal) sob a forma do Rio Ganges.
Daí, flui para Brahmaloka, a morada de à
śrī Brahmā, onde se mantém por um longo período, para então adentrar em nosso
planeta (Bharataloka), onde é recebido por śrī Śiva, personificado como Śrī Gaṅgā,
de quem também é consorte.
Está
montada em Makara, o crocodilo, símbolo de proteção e devoção. A flor de lótus
e kamaṇḍalu (pote de água utilizados por brahmanas e
ascetas) representam a purificação e as mudrās emanam a benevolência (varada) e o destemor (abhaya).
Śrī Bhagvatī Gaṅgā |
Sua descida
à Terra se deu através das preces e sacrifícios executados em honra à śrī Brahmā
por Bhagīratha – cujo nome significa algo como “aquele que realiza um grande
árduo trabalho” – um virtuoso rei do estado de Kosala e antepassado de śrī Rāma.
Este
processo de mil anos foi necessário para a libertar as almas de seus sessenta
mil tios-avôs de uma maldição proferida pelo sábio Kapila, que os pulveriza com
apenas um olhar, como castigo por terem-no acordado de seu profundo transe e
por causarem uma onda de destruição da natureza, enquanto buscavam um cavalo
sequestrado por Indra, o temperamental rei dos Devas.
Após a
conclusão dos sacrifícios (tapasya), śrī Brahmā concede um pedido a Bhagīratha,
que solicita um rio divino para realizar uma cerimônia com o intuito de libertar
as almas de seus antepassados. Tarefa esta que já havia sido almejada por
outros reis de Kosala, sem sucesso. Tal desequilíbrio vinha causando diversos
desastres naturais na região.
Śrī Gaṅgā Devī então é enviada por śrī Brahmā,
descendo com enorme força do plano celestial (svargaloka), visto que após eras
sendo constantemente adorada pelos Devas, desenvolveu grande vaidade. Assim, sua
correnteza era tamanha que, caso tocasse diretamente a Terra, causaria grande
destruição em nosso plano (bhuvarloka).
Śrī Śiva, então, se põe misericordiosamente no
caminho de śrī Gaṅgā e amortece sua descida com seus cabelos, o que lhe dá o
título de Gaṅgādhara (Aquele que recebe Gaṅgā), purificando-a de sua soberba. Todavia,
Ela ainda destrói o monastério do sábio Jahnu que, irado, engole a Devī e só a
liberta após a insistência dos outros Devas, lhe rendendo o título de Jāhnavī
(“filha de Jahnu”).
A descida de Śrī Gaṅgā sobre Śrī Gaṅgādhara |
Posteriormente,
Bhagīratha guia śrī Gaṅgā pelo território indiano e através submundo, onde
encontravam-se as cinzas dos seus sessenta mil tios-avôs, libertando-os aos
céus. Assim, por atravessar Svargaloka (o plano celestial), Pṛthvī (a Terra) e
Pātāla (o submundo), Ela também é conhecido como Tripathagā (Aquela que flui
dos céus às regiões mais baixas”).
Como Mãe, śrī Gaṅgā é Aquela que aceita e
purifica a todos. Enquanto śakti, é a potência da fertilidade do aspecto
criador de śrī Mahādeva, que se movimenta eternamente. Divina, é água e pode
ser sentida e absorvida mais facilmente neste plano menos sutil. Ademais, seu
processo de descida do plano celestial (avataraṇa) não se deu diretamente, uma
única vez, mas continua a acontecer, num fluxo contínuo dos céus à Terra.
Invocações
mântricas para o ritual:
गायत्री
gāyatrī (métrica védica de 24 sílabas, usualmente utilizada na invocação das Deidades)
gāyatrī (métrica védica de 24 sílabas, usualmente utilizada na invocação das Deidades)
ॐ त्रिपथगामिनि विद्महे
रुद्रपत्न्यै धीमहि ।
तन्नो गङ्गा प्रचोदयात् ॥
रुद्रपत्न्यै धीमहि ।
तन्नो गङ्गा प्रचोदयात् ॥
oṃ
tripathagāmini vidmahe
rudrapatnyai dhīmahi ।
tanno gaṅgā pracodayāt ॥
Contemplamos Aquela que desce do plano celestial aos
planos inferiores
Meditamos na Esposa de Rudra
Reverenciamo-nos à Senhora Gaṅgā para que nos ilumine com sabedoria.
Meditamos na Esposa de Rudra
Reverenciamo-nos à Senhora Gaṅgā para que nos ilumine com sabedoria.
बीजमन्त्र
bījamantra (contém a sílaba mística raiz da Deidade – para ser repetido 108 vezes na contagem da japamālā)
bījamantra (contém a sílaba mística raiz da Deidade – para ser repetido 108 vezes na contagem da japamālā)
ॐ
गं गणपतये नमः
oṃ gaṁ gaṅgāyai
namaḥ
Reverencio-me à Senhora Gaṅgā.
Sobre o bīja:
- - gaṁ: sílaba
que remete a pureza, e renovação.
Nosso Satsang com Ayahuasca à śrī Gaṅgā Devī acontece no
próximo sábado, dia 12/11, no Templo Polimata em
Campinas, a partir das 19h.
Siga a programação no evento do Facebook.
Ingressos antecipados no site da Ordem Polimata.
Ingressos antecipados no site da Ordem Polimata.
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